Romantismo

O Romantismo, fruto tanto da confiança quanto da decepção em relação aos ideais da Revolução Francesa (daí ser apelidado de Escola de 89), é um dos períodos literários mais complexos e apaixonantes.
Esses dois sentimentos opostos marcaram a época de forte idealismo, claro sinal de recusa a se enxergar a realidade. Como resultado houve o escapismo, provocando no romântico todo tipo de fuga da realidade presente, seja por meio do sonho, da noite, da fantasia, da volta ao passado, da viagem a mundos exóticos, da bebida ou até mesmo da obsessão pela morte.
Instrumento de propaganda dos ideais burgueses, essa arte deu plena atenção à liberdade temática e formal, causando uma busca por novos temas e maneiras de lidar com a palavra.
Tal movimento propiciou também o grande reinado do egocentrismo, abrindo caminho para um sentimentalismo tão exagerado que em alguma vezes a natureza acabou tornando-se significativa, representativa das emoções do artista. É como se os dois tivessem-se tornado um só.
Conseqüência ampliada desse egocentrismo foi o nativismo, ou seja, o elogio exagerado à pátria. Na Europa, isso provocou um desejo de retorno à Idade Média, em que as nações modernas estavam nascendo. No Brasil, o equivalente foi o Indianismo, ou seja, a apresentação do índio como o digno representante do que nossos artistas consideravam os valores nacionais.
Em Portugal, os principais representantes são Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Soares Passos, Camilo Castelo Branco e Júlio Dinis. No Brasil, Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Castro Alves e Sousândrade na poesia e José de Alencar e Manuel Antônio de Almeida na prosa. Deve-se também destacar o teatro de Martins Pena.

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