ULTRA-ROMANTISMO

Fase final do Romantismo português que recuperou os excessos macabros e de uma sensibilidade doentia que tinham caracterizado o Pré-Romantismo (v.) europeu. Este movimento decorrera numa época em que Portugal, devido à censura e também às condições políticas e sociais, em parte devido ao esforço de recuperação do cataclismo que fora o terramoto de 1755, não estava realmente permeável às novas correntes artísticas. A geração liberal trouxe da Europa um Romantismo amadurecido, de pendor sobretudo historicista, mas o entusiasmo pelas novas formas de expressão em breve levou ao exagero, cujo ponto culminante se pode encontrar na poesia de Soares de Passos.

É controversa a delimitação de Romantismo e Ultra-Romantismo. Todavia, não podemos fugir à caracterização de “ultra-romântico” que os próprios contemporâneos aplicaram ao estilo excessivo tão em voga sobretudo nos jornais literários da época. Numa tentativa de rigor na definição cronológica destes períodos, devemos adoptar a opinião de Jacinto Prado Coelho, segundo o qual “mais convirá considerar ‘romantismo’ e ‘ultra-romantismo’ duas facetas paralelas, simultaneamente, de um movimento único”. Este ponto de vista jusifica-se pelo facto indiscutível de que nos chamados poetas românticos, como Castilho, Garrett e Herculano, podemos encontrar tiradas que acompanham e mesmo ultrapassam as dos autores claramente representativos da fase final do Romantismo.



ROMANTISMO



Maria Leonor Machado de Sousa

1 comentários:

Carlos Ceia disse...

Este blog é uma vergonha académica! Vive do plágio descarado. Já era tempo de terminar com o copy/paste dos verbetes do meu dicionário http://www2.fcsh.unl.pt/edtl, sem nunca citar a fonte e abusar do trabalho alheio.
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Carlos Ceia

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