Quando li esse livro, achei meio sem nexo, mas analisando a sociedade atual, fez muito sentido. Quando alguém demonstra inclinação para um vício, no começo a família procura camuflar o fato, procurando mostrar aos vizinhos que está tudo sob controle e vai deixando por isso mesmo, justificando para si que é normal, só uma fase, e o tempo vai passando. Quando se dá conta, a barata está enorme! O jeito agora é esconder o "bicho feio" dos olhares dos parentes e dos amigos.
Nessa hora entram em desespero emocional e rezam pra tudo quanto é santo, demonstrando a fragilidade do um ser humano sem orientação espiritual. Alguns tentam conversar com o "importuno", orientar (coisa que deveriam ter feito quando a inclinação surgiu), mas vão perdendo a paciência ao perceberem que estão falando para as paredes, que o "estorvo" não está nem aí para a opinião alheia, gosta e quer continuar fazendo o errado, pois não tem discernimento e se concentra no umbigo, se achando o mais esperto do mundo. Diante do fato consumado, não tem jeito mesmo, é aceitar a realidade e assumir perante os vizinhos (não tem mais como esconder). Comparando com o personagem filho-que-virou-barata, chega um momento em que a família simplesmente passa a ignorá-lo. Que o bicho fique lá no quarto, se quiser sair que saia, se quiser continuar lá que fique... as refeições - que antes eram de extremo zelo, agora são colocadas de qualquer jeito, se quiser comer que coma, se não quiser está tudo bem.
E a vida vai caminhando assim. Alunos mal educados saem às ruas em bando fazendo arruaça e ninguém toma a iniciativa de reclamar na escola. A filha menor já teve uns vinte namorados, já dormiu na casa de todos e os pais acham normal. Os que levantam a bandeira da amizade são os primeiros que esquecem os amigos, justificando que agora não têm tempo para eles, que seus compromissos são mais importantes, esquecendo que o mundo é redondo. Atrizes de filme pornô e prostitutas aparecem em canais de televisão dando entrevista, como profissionais especializadas, buscando admiração dos telespectadores, mas não respeitam a própria dignidade como ser humano, não têm a capacidade de perceber que são meros objetos para o prazer masculino, que sendo ela ou qualquer outramulher que faça aquilo, tanto faz pra eles, o importante é ter um corpo bonito para o comércio sexual. Políticos lançam leis que atrapalham pequenos empresários, que começam a pensar em formas de burlar a Lei para ter lucro. Neto agride avó, com tapas, ofensas verbais e quando vai preso, a vítima chora pedindo que não quer ver o neto na cadeira, entre marginais!!! Não ficaria nada surpresa de presenciar o corpo de um bebe jogado na calçada e bons casais, ao passarem por ali, olharem, terem pena e lamentarem: ---- nossa, mataram mais um, que judiação. E depois seguirem normalmente para seus afazeres diários, como se não tivessem nada a ver com aquilo.
Diante de tais fatos, concordo com uma frase que li recentemente na internet, o amor (sem Sabedoria) está levando muito mais gente para o inferno que o ódio.
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