O hábito de contar estórias nos remonta a tempos primitivos. O homem das cavernas contava estórias, após a caça, em meio a uma platéia atenta, curiosa e farta, ao redor da fogueira. E se lembrarmos do sultão, das “Mil e uma noites”, ludibriado por Xerazade a cada noite com suas estórias maravilhosas. Envolto nesse fantástico universo ficcional das estórias, nós criamos personagens, tramas, enredos, vivemos roteiros dignos de um filme hollywoodiano de sucesso garantido, nos enganando e enganando o público ouvinte. Quando estamos apaixonados então. Aquela fase do encantamento, na qual mentimos mentiras necessárias até, para envolver, seduzir nossa pretendida. Somos verdadeiros “Forrest Gumps”...
Sempre que converso com minha namorada sobre isso, perco-me em mais estórias. Somos sujeitos inventivos mesmo. Vemos ficção em tudo, supervalorizamos nossos atos e criamos personagens dentro de nós. E quando falamos do próximo... É pior ainda, ou melhor, porque a estória ganha em dramaticidade, em veracidade, em realismo (ficcional).
Ontem mesmo, disse-a:
- Amor, atenção pouca a conversa muita. E cuidado muito a palavras poucas.
Ou seja, quando discursamos muito nos perdemos em palavras, e a possibilidade de criarmos estórias é grande. Já quando falamos pouco é um perigo, porque as estórias que criamos podem estar nas entrelinhas.
Um forte abraço.
Marconi
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