Há 120 anos nascia Monteiro Lobato, escritor consagrado como maior autor infanto-juvenil do Brasil, cuja trajetória foi marcada por uma preocupação visionária com nosso desenraizamento cultural e por intervenções que incluem desde campanhas quixotescas em prol da prospecção do petróleo e da implantação da indústria do aço até uma atividade empresarial que revolucionou o mercado editorial do país
Marcia Camargos
Ele escreveu para os adultos, mas consagrou-se como o maior autor infanto-juvenil do país. Foi taxado de nacionalista xenófobo e, no entanto, era profundo admirador do progresso econômico e tecnológico dos Estados Unidos, onde serviu como adido comercial no fim da década de 20. Tornou-se empresário para poder dedicar-se à literatura, mas seus livros é que lhe renderam dinheiro. Quis tirar sua terra do atraso secular por meio de empreendimentos arrojados e acabou colhendo processos, falências e uma temporada na prisão.
Moderno sem ser modernista, editor que apostava em talentos desconhecidos do grande público, Monteiro Lobato cultivava um leque de atividades que iam do ofício de escritor, sua faceta mais visível e reconhecida, até o do jogador de xadrez amador mas sinceramente empenhado. E se era dono de uma personalidade forte e desassombrada, que enfrentava os donos do poder e desafiava os mais altos escalões governamentais, também tinha seu lado de extrema ingenuidade. Sem falar nas lutas e campanhas quixotescas em prol do desenvolvimento brasileiro, por meio da prospecção do petróleo e da implantação da indústria do aço, era capaz de gestos quase pueris. Um dia, por exemplo, apresentaram a ele a solução definitiva para os problemas da humanidade: o moto-perpétuo. Só faltava quem financiasse os meios para colocar a máquina em funcionamento. Ele empolgou-se até a raiz dos cabelos e, em menos de uma semana, o inventor, mulher e filhas estavam morando na casa dele e vivendo às suas custas.
Para além da sua caudalosa produção literária e jornalística, porém, o que mais impressiona neste homem, nascido seis anos antes da abolição da escravatura e morto dois anos antes da chegada da televisão ao Brasil, é sua incrível atualidade. No feitio de um Júlio Verne tupiniquim ou um H. G.Wells do Vale do Paraíba, antecipou a realidade, prevendo o advento das infovias e da globalização, o "poder oculto do capitalismo internacional anônimo ", que via como um "tremendo Pássaro Roca controlador dos governos fracos e promotor de guerras entre os governos fortes". Graças ao porviroscópio, mirabolante máquina de enxergar o futuro urdida no único romance de Lobato, O choque das raças, situado no ano de 2228, decretou o fim da era da roda, substituída pelo processo que denominou de "rádio-transporte". Disposto a colocar em prática idéias à frente do seu tempo, Lobato procurava transferir o sonho para as esferas do cotidiano. Manejando a palavra como arma de combate, tentou interferir nos rumos da história, revolucionar as estruturas arcaicas e conservadoras do país agrícola e estamentário, apagando as marcas profundas do colonialismo.
Num primeiro momento, buscou alianças na elite à qual ele, como neto de Visconde, pertencia. Mas ao constatar a indiferença das classes dominantes, avessas a mudanças para não perder privilégios centenários, deu o passo definitivo e irreversível, apostando na formação da criança e do adolescente, responsáveis por engendrar os contornos do país que ele desejava. Nascem então Emília, dona Benta, Narizinho, Pedrinho, tia Nastácia e a turma que habita as searas encantadas do Sítio do Picapau Amarelo. A infância ganhava cores, cheiros e um sabor bem tropical, temperado com uma dose de folclore, costumes e lendas da roça. E, o melhor de tudo, com uma bela pitada de pirlimpimpim, aquele pó mágico que leva todo mundo para muito além da imaginação.
Nada paga a pena...
Lobato enveredou cedo pelo universo da literatura, publicando pequenos contos nos jornais dos colégios Kennedy e Paulista, em Taubaté. Mais tarde, no curso de Direito na Faculdade do Largo São Francisco, onde fora matriculado a contragosto, dividia seu tempo entre escrever e desenhar - esta última, outra de suas paixões "recolhidas". Obrigado pelo avô a tornar-se bacharel, inicia-se no jornalismo com artigos para periódicos de agremiações estudantis. Nesta fase vence seu primeiro concurso literário, promovido em 1904 pelo Centro Acadêmico XI de Agosto. Ao lado dos colegas das Arcadas que formam o grupo autodenominado Cenáculo, participa do Minarete, um jornal de Pindamonhangaba.
Apesar do pouco empenho, Loba-to recebe o diploma e, casado, instala-se em Areias. Ali, em meio às funções de promotor público, começa a traduzir matérias do Weekly Times para O Estado de S.Paulo, a desenhar caricaturas para a revista Fon-Fon e a colaborar na Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, e na Tribuna, de Santos. Em 1911, nova mudança, desta vez para a fazenda do Buquira, encravada na Serra da Mantiqueira, herdada após a morte do avô. Na propriedade de mais de 2 mil alqueires de terras esgotadas pela lavoura de café, ele pensa grande e tenta colocar em prática audaciosos projetos agrícolas. Mas não se afasta da literatura e vai colhendo, no meio rural, elementos para futuros projetos, como relata a Godofredo Rangel, um amigo com quem se correspon-deria por mais de quarenta anos.
Observador atento, Lobato redige um veemente protesto contra as queimadas que de agosto a outubro crepitavam ao longo do Vale do Paraíba, tornando estéril um solo já empobrecido. Sob o título "Uma velha praga", a matéria saiu em O Estado de S.Paulo em novembro de 1914. No rastro da sua inesperada repercussão, um mês depois saía " Urupês". Inflamado e panfletário, o novo artigo trazia a público Jeca Tatu, personagem-símbolo da obra lobatiana. Apóstolo da lei do menor esforço para quem nada "pagava a pena", Jeca encerrava o ciclo do indianismo romântico que predominava na literatura.
Em suas mãos, o caipira e o caboclo passaram a ser retratados de forma realista, livres do pitoresco com que vinham sendo enfeitados e distorcidos até então. Nas pegadas de Euclides da Cunha, voltava o olhar do litoral para o interior, onde a maio-ria dos escritores, de acordo com Lobato, tinha medo de entrar por causa dos carrapatos. Seus textos multiplicaram-se pelos jornais e revistas país afora, suscitando polêmica e debates calorosos. Mas se as palavras geravam frutos, a lavoura decaía e os negócios andavam mal. Em outro ponto de inflexão na sua trajetória de vida, Lobato desfaz-se da fazenda e instala-se na capital paulista.
Um duende genuinamente nacional
Enquanto as elites elegiam Paris como o berço da civilização e seu idio-ma como fetiche de prestígio, Lobato lançava-se ao resgate dos valores nacionais. O desenraizamento cultural do país - cristalizado nos anõezinhos "nibelúngicos" e "gnomos do Reno", vestidos à moda alemã, que enfeitavam o Jardim da Luz, no centro da cidade, e nos afrancesados salões artístico-
literários da belle époque - preocupava Lobato. Já em 1916 ele denunciava, na Revista do Brasil, o imitativismo que impregnava a mentalidade das nossas classes dirigentes, empenhadas em reproduzir modelos europeus, e sugeria a incorporação de elementos do folclore nos cursos do Liceu de Artes e Ofícios, instituição modeladora do gosto estético. Para contrapor-se ao crescente interesse pelo estrangeiro, em detrimento das tradições populares, Lo-bato lançou, em 1917, nas páginas da edição vespertina de O Estado de S. Paulo, apelidada Esta-dinho, uma pioneira pesquisa antropológica sobre o saci.
O inquérito contou com a colaboração dos leitores cujas análises, acrescidas de intervenções de Lobato, in-cluindo uma carta conclusiva enviada pelo próprio saci, tomariam a forma de um livro que ele não assinaria. Aproveitando o sucesso da sondagem, Lobato lançou um concurso de artes plásticas sobre o tema, de modo a consolidar no imaginário popular a riquíssima mitologia nacional. E, de quebra, provar que o Brasil prescindia da Europa para forjar seu repertório artístico e cultural.
Encorajado pela bem-sucedida experiência editorial de O Saci-Pererê, resultado de um inquérito, Lobato publica em livro quatorze textos de sua autoria, incluindo "Uma velha praga" e " Urupês", que dava título ao volume. É quando entra em contato com estudos sobre saúde pública dos médicos sanitaristas Belisário Pena e Artur Neiva. Entusiasmado, engaja-se nas campanhas de erradicação das endemias que infestavam a população de baixa renda e, no processo, refor-mula a imagem do Jeca, cuja apatia advinha do subdesenvolvimento, da fome e da exclusão social.
"Está provado que tens no sangue e nas tripas um jardim zoológico da pior espécie", afirma o escritor agora. "É essa bicharia cruel que te faz pa-pudo, feio, molenga, inerte. Tens culpa disso? Claro que não", diz nas tiragens seguintes de Urupês, best-seller que entre 1918 e 1925 esgotou 30 mil exemplares, em nove edições.
O livro como sobremesa
Colaborando para publicações como Vida Moderna, O Queixoso, A Cigarra, O Pirralho e Revista do Brasil, Lobato é conquistado pela proposta nacionalista desta última, que adquire com o fruto da venda do Buquira. Em junho de 1918, torna-se um proprietário-editor que, ao contrário dos concorrentes, não hesita em acolher novos talentos, que aparecem em suas páginas ao lado de nomes consagrados. A revista prospera, propiciando o surgimento de uma seção editorial paralela, voltada para a produção e para o lançamento de livros.
De novo na contramão das práticas vigentes, Lobato trata o livro como mercadoria - e não como um objeto de luxo ou diletantismo. O empreendimento cresce e a editora é sucessivamente reestruturada para acompanhar o ritmo dos negócios. Para suprir o vasto filão inexplorado e atender o consumidor que contava, em 1918, com apenas cinqüenta livrarias, Lobato alia qualidade a uma agressiva política de distribuição. Como livro não era produto de primeira necessidade, e sim "sobremesa" que deveria ser posta debaixo do nariz do freguês, "para provocar-lhe a gulo-dice", articulou um amplo quadro de vendedores autônomos e uma vasta rede de consignatários por todo o país. Também mudou o padrão gráfico do livro, com uma programação visual sofisticada e tipografia elegante. As capas ficaram coloridas e atraentes, desenhadas por artistas especialmente contratados como Wasth Rodri-gues, Ferrignac e Di Cavalcanti.
Como resultado de sua estratégia de marketing, a editora de Lobato alcança tiragens cada vez mais altas. Ele transfere a sede para o bairro do Brás, entrega a direção da sua Revista do Brasil a Paulo Prado e Sérgio Milliet e concentra esforços na editora. Para captar recursos, recorre à abertura de capital e monta um moderno parque gráfico com máquinas importadas dos Estados Unidos e da Europa, transformando-se no maior editor da América Latina.
No caminho do sucesso, um obstáculo inesperado: a revolução dos Tenentes, deflagrada em 5 de julho de 1924, paralisa as atividades da sua empresa durante dois meses. Ao prejuízo de 70 contos de réis registrado no balanço da Cia. Gráfico-Editora Monteiro Lobato seguiu-se uma seca que obrigou a Light a cortar de dois terços o fornecimento de energia.
O trabalho do maquinário restringiu-se a apenas dois dias por semana. No meio do fogo cruzado, um rombo financeiro em conseqüência das medidas econômicas de Arthur Bernardes, que desvaloriza a moeda e suspende o redesconto de títulos pelo Banco do Brasil. Endividada, e com um estoque de mais de 400 mil volumes, sua editora pediu falência.
Se morria uma empresa, o projeto editorial permanecia de pé. Na mesma máquina em que datilografou o documento de autofalência, apresentado em julho de 1925, Lobato redigiu os estatutos fundadores da Companhia Editora Nacional. Com sede no Rio de Janeiro, editou traduções ordenadas literariamente de Hans Staden e Jean de Léry. Ao lado de Octalles Ferreira, com quem dividia a direção, ele recobra o antigo prestígio imprimindo nela sua marca de qualidade.
Lobato e o modernismo: uma questão polêmica
Na editora instalada na Praça da Sé, 34, Lobato publicava escritores como Menotti del Picchia e Oswald de Andrade. Se recusou Paulicéia desvairada, de Mário de Andrade, o fez devido à inadequação do texto ao seu público-alvo, que mal começava a digerir as idéias vanguardistas e as experiências lingüísticas propostas pelo grupo. Mas ao devolver os originais, teve o cuidado de aconselhar Mário a escrever um texto explicativo sobre seu conteúdo, sendo, portanto, responsável pelo festejado "prefácio interessantíssimo", que abre a obra mais representativa daquele movimento.
Desmistificando valores cristalizados, como o de um suposto rompimento de Lobato com os modernistas, há que relembrar o convite a ele feito por Oswald de Andrade para tomar parte ativa na Semana de Arte Moderna. Em 11 de fevereiro de 1922, Oswald revelava no Jornal do Comércio a recente adesão do consagrado escritor e diplomata Graça Aranha aos eventos no Teatro Municipal, "já que Monteiro Lobato não quis continuar a sua atitude inicial, que foi um estouro nos arraiais bambos da estética paulista". De resto, encomendava capas dos livros de sua editora à pintora Anita Malfatti, pivô de célebre polêmica após as severas críticas de Lobato à sua exposição em artigo de dezembro de 1917. A favor de um Lobato pouco afeito à estética vanguardista importada da Europa, nas correntes expressionistas, cubistas ou futuristas, é preciso ressalvar sua preocupação com o perigo de uma apropriação acrítica dos propalados "ismos" de além-mar no campo das artes plásticas.
Já no que concerne à linguagem, também é verdade que desde o final da década de 10 ele dizia ser fundamental, para o brasileiro, parar de pensar em francês e escrever na língua portuguesa de Portugal. Suas divergências com o grupo modernista residiam, sobretudo, na questão de público. Para esse precursor da comunicação de massa antes de a expressão ser forjada, tornava-se vital escrever numa linguagem direta, clara e objetiva para ampliar o escopo da recepção.
Sem manifestos, barulho e auto-promoção, ele praticava uma litera-tura instigante e questionadora. Sua prosa descomplicada e ao mesmo tempo rica virou regionalismo "pré-modernista", numa rotulação redu-cionista utilizada por aqueles determinados a alçar a Semana de 22 à condição de marco zero da história artístico-literária do país.
O sonho americano
Nomeado para ocupar o cargo de adido comercial junto ao consulado brasileiro de Nova York, Lobato parte para os Estados Unidos, deixando a Companhia Editora Nacio-nal sob o comando de Octalles Marcondes. Durante quatro anos ele permaneceu em contato direto com a modernidade de uma nação caminhando rapidamente para ocupar seu posto hegemônico no cenário mundial. As inovações tecnoló-gicas da América exerciam um fascínio compreensível no seu espírito pioneiro. Por isso nos limites do seu cargo ele trabalhava para o desenvolvimento do país e para o estrei-tamento das relações comerciais entre as duas economias, elaborando detalhados relatórios. De volta ao Brasil, após a Revolução de 30, ele procura implementar projetos que, no seu entender, trariam o progresso e o desenvolvimento.
Diagnosticando os males nacionais e vendo no tripé ferro, petróleo e estradas a cura definitiva do atraso milenar, Lobato tenta implantar uma indústria siderúrgica e, ao mesmo tempo, funda uma empresa para explorar petróleo. Na sua cruzada, contraria poderosos interesses multina-cionais que culminam na sua prisão, decretada a 18 de março de 1941 por um juiz do Tribunal de Segurança Nacional. Mesmo da cadeia, porém, persistia na campanha pelo petróleo e denunciava as torturas praticadas pela polícia política do Estado Novo.
Após uma intensa campanha de intelectuais e amigos, Lobato é indultado por Vargas em junho de 1941. Mas continuou perseguido pela ditadura. Seus livros infantis foram apreendidos e destruídos por conter "doutrinas perigosas e práticas deformadoras do caráter". Segundo o procurador do Tribunal de Segurança Nacional, seu conteúdo contrariava o projeto do Estado Novo de formar uma juventude saudável, patriótica e de fortes princípios fincados na tradição cristã.
O legado lobatiano
Para Lobato, a saída da prisão não representou a liberdade. Entre 1941 e 1945, além de presenciar o processo de liquidação das companhias que havia fundado, sofre com a atmosfera asfixiante do Estado Novo. Amor-daçado pela censura do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), só voltaria a expressar seu pensamento publicamente quatro anos depois, na iminência da queda de Vargas, numa bombástica entrevista ao Diário de São Paulo.
Logo que as eleições gerais são afinal convocadas, Lobato, que se aproximara da esquerda, declina do convite para compor a chapa dos candidatos comunistas. Mas saúda Luís Carlos Prestes, por ocasião do grande comício pela redemocratização realizado no Estádio do Pacaembu em julho de 1945. Nele, referiu-se ao Cavaleiro da Esperança como o paradigma das mudanças sociais que assinalariam o fim do enorme canteiro em que as classes privilegiadas são as flores e a imensa massa da maioria é apenas o esterco que engorda as flores.
Após associar-se à Brasiliense e editar suas Obras completas, tota-lizando mais de dez mil páginas em trinta volumes das séries adulta e infantil, Lobato parte para a Argentina em junho do ano seguinte. Regressa da capital portenha em maio de 1947 para desembarcar em cheio na crise política brasileira, às voltas com os primeiros desmandos do novo governo, que ele chamará de "Estado No-víssimo". A ditadura de Getúlio caíra, mas a situação voltara a endurecer sob o governo Dutra. Ele novamente solidariza-se com os militantes do Partido Comunista, que tivera o registro cassado. A medida, considerada uma ameaça à Constituição, leva-o a escrever a "Parábola do Rei Vesgo", lida e aclamada por uma multidão reunida no Vale do Anhangabaú.
Num aberto desafio ao autoritaris-mo, ele escreve "Zé Brasil", um folheto de 24 páginas em que o velho Jeca Tatu, preguiçoso incorrigível e depois vítima das endemias crônicas, transforma-se no trabalhador rural sem terra, cujo inimigo potencial era o latifúndio. Ele simboliza a guinada mais radical de Lobato, que passa a ver o trabalhador da cidade e do campo como agente da própria história. Lançado em 1947, o agora livro Zé Brasil ensinava que os adversários dos comunistas, dos operários, dos camponeses, dos injustiçados do mundo eram os que viviam à custa do trabalho alheio. Não é de se estranhar que o opúsculo lançado pela Vitória, editora comunista, fosse apreendido em sucessivas batidas policiais.
Lobato sofre um acidente vascular cerebral fulminante em 4 de julho de 1948, aos 66 anos de idade. Deixou como legado os melhores livros infanto-juvenis e a boneca mais atrevida do planeta que, assim como seu criador, nasceu sob a marca do inconformismo. Como lembraria Oswald de Andrade, Lobato é o exemplo "magnífico e raro do intelectual que não se vende e não se aluga, não se coloca a serviço dos poderosos ou dos sabidos".
Marcia Camargos é jornalista, doutora em história social pela USP, autora de Villa Kyrial: Crônica da Belle Époque paulistana (editora Senac) e co-autora de Monteiro Lobato - Furacão na Botocúndia (editora Senac)
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