O Cubismo surge com o pintor francês Paul Cézanne que introduziu em suas obras a distorção nas formas e os formatos bidimensionais. Mas é em 1907, que o Cubismo é retratado com maior ênfase nas pinturas do principal representante deste movimento: Pablo Picasso, ao lado de Georges Braque.
O quadro de Picasso intitulado pelo autor de “Demoiselles d’Avignon” retrata e prenuncia as características cubistas: formatos geométricos, sensação de pintura escultural e a superposição de partes de um objeto sob um mesmo plano.
A pintura cubista destaca as formas geométricas como meio de expressão: cones, cilindros, esferas, pirâmide, prismas. Os formatos embasados na matemática geométrica possibilitam ao espectador a visualização espacial da imagem, ou seja, o objeto pode ser visto por ângulos diferentes.
A visão cubista tem a função de ilustrar na arte a decomposição, fragmentação e recomposição da realidade através das estruturas geométricas.
Os artistas cubistas trazem uma ruptura com a perspectiva de visualizar o mundo sob um só ângulo, uma só perspectiva. Então, o usufruto de colagens, montagens, a superposição de figuras, a simultaneidade são características marcantes dos cubistas.
A literatura no Cubismo também retratou a fragmentação e a geometrização da realidade por meio da linguagem: as palavras são soltas e são dispostas no papel a fim de conceber uma imagem.
O Cubismo surgiu nos meios literários com o manifesto-síntese de Guillaume Apollinaire, em 1913. Apollinaire apoiava a destruição da sintaxe, assim como a vanguarda anterior (Futurismo) era a favor da invenção de palavras e de seu uso sem preocupações com normas, do verso livre e da abolição do lirismo (estrofe, rima).
No Brasil, o Cubismo exerceu influência na década de 20 com Oswald de Andrade e na década de 60 com o Concretismo.
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